31.8.08

Você me faz tão bem...você me faz...



no mp4 tocava
quando eu me perco é quando eu te encontro...

- Poderia falar mais alto!
- não estou falando?
- aúdivel não, chega de murmúrios...seria bem melhor... pois já que você está longe e caminhando na direção contrária que caminho...
- você está um tanto grosso comigo, estou cansando...
- você poderia falar mais alto...assim facilitaria essa inédita conversa...já que não conversamos...

e quando eu durmo no seu colo...

- não entendi o motivo de seu questionamento redundante, eu acho exagero da sua parte...

- desliga a porra dessa música!

- qual o seu problema hoje...

- você diz hoje e sempre...pois parece que nunca estou ideal para você...

- sim, faça-se de vítima, minha vítima preferida...

- eu não vou desligar...

você me faz tão bem...

20.8.08




A única certeza que eu tenho você não quer
esconde
fugir eu não deixo ou deixarei mais
mesmo que seja embate não precisamos empatar
pois não jogamos
não entendo o coma (in)consciente que vive interrogação exclamação
triste não encostar no que mais procuro
nem sempre está aqui quando está
mas eu estou aqui toda vez até não estar
mas
mais

18.8.08

eu tenho inveja das pessoas que andam de ônibus de graça!



eu não preciso de carro, não queria ter um ou saber dirigir.
Só queria poder andar de ônibus sem pagar nenhuma tarifa...será que é pedir muito meu deus!


...

16.8.08



Vem abrir meu diafragma!

...



Eu corri 26 minutos sem parar, corri sem sentir minhas pernas e não querendo imaginar que meu corpo fosse pesar...tanto que não conseguisse carregar.
Corri até uma área comercial, entrei em um pequeno espaço de uma porta de correr mal fechada, na escuridão dentro da loja, sondei até encontrar uma garrafa, abri e tomei em quase um gole. ´
Fechei ou tentei fechar a fresta que passei...não sei quanto tempo passou...uma luz azulada mostrou que estava em uma loja de bebidas, tinha resto de comida em cima do balcão, procurei dentro das geladeiras e não encontrei nada mastigável, comi o resto de comida do balcão. Fiquei em alerta até não lembrar mais nada...dormi...meu corpo cansado apagado. ficou por horas. Um barulho sutil de ferro arranhando outro ferro me despertou. Olhei por todas as janelas e frestas que encontrei, nada vi. O barulho insistente incomodava bastante. Bebi umas 3 garrafas de um suco de morango, o dia amanheceu, não tenho idéia do quanto eu dormi, vasculhei o outro andar da loja, descobri uma pequena passagem para o telhado...entrei. Um odor horrível quase mastigável, fez arder meus olhos. Lacrimejando continuei pelo buraco. Era um quarto.

No quarto, uma cama desarrumada e um cobertor coberto de sangue e muco, eu já não sentia o odor podre do ambiente. procurei uma janela, porta...passagem. Percebi uma pequena abertura no teto... uma janeçla de 20 por 20 e o sol. Levantei a cama, consegui ficar na altura exata para passar pela abertura, alguém já tinha tentado ou conseguido passar ali, sangue e muco no teto, marcas de mãos...expremido ao máximo...cortando minha pele passei pela janelinha. Talvez tenha me enganado com o tamanho, devia ser 30 por 30. Um terraço, roupas, sangue e sujeira. Olhei para todos os lados, só a devastação dos dias atrás... nada mudado. Um papel amassado e algo escrito em caneta tinta amarela. Nunca tinha visto tinta amarela em caneta. " Condolências meu caro amigo, não consegui esperar sua volta. Fui embora, Janice não existe mais. Tinha mais escrito, só que o sangue deixou a carta ilegível . Andei pelo telhado procurando uma entrada para outra loja, tinha um grande cartaz escrito Lanchonete X. Pulei em uma pequena área com um tanque de lavar roupa. Nesse local estava cheio de geladeiras e elas tinha comida. Mofada mas era comida.